Descubra como o percloreto de ferro cria gravura em metal

imagem de uma Gravura Em Metal

No universo das artes, a química muitas vezes desempenha um papel de coadjuvante silencioso, mas essencial. Um desses atores químicos é o percloreto de ferro, também conhecido como cloreto férrico (FeCl₃), uma substância que se tornou fundamental em uma técnica artística secular: a gravura em metal. Longe de ser um pigmento ou tinta, seu papel é o de esculpir a própria matriz que dará vida à obra.

Entender como esse composto atua é mergulhar na fascinante interseção entre a precisão científica e a expressão criativa, revelando por que ele é tão valorizado nos ateliês contemporâneos.

O que é o percloreto e como ele atua na gravura em metal?

Diferente dos ácidos tradicionais, como o nítrico, o percloreto de ferro é um sal metálico que, quando dissolvido em água, se torna uma solução corrosiva. Na gravura, essa solução atua como um “mordente”. 

O processo começa quando um artista cobre uma chapa de metal, geralmente cobre ou zinco, com uma camada de verniz resistente à corrosão. Em seguida, com uma ferramenta pontiaguda, o artista desenha sobre a chapa, removendo o verniz e expondo o metal apenas nas linhas do desenho. 

É nesse momento que o percloreto entra em ação na gravura em metal. Ao mergulhar a chapa na solução, o composto “morde” ou corrói quimicamente apenas as áreas de metal expostas, criando sulcos e texturas. A grande vantagem do percloreto, como destacam especialistas em gravura não tóxica, é que ele não libera os mesmos gases perigosos que os ácidos, tornando o ambiente de trabalho muito mais seguro.

O processo de corrosão: da chapa à estampa

A mágica da gravura em metal acontece na sutileza do tempo e da concentração. A profundidade dos sulcos na chapa e, consequentemente, a intensidade das linhas na impressão final, é controlada pelo tempo que a placa permanece imersa na solução de percloreto. Linhas mais profundas retêm mais tinta e resultam em traços mais escuros e marcados no papel. 

Após o banho corrosivo, a chapa é removida e limpa, removendo-se todo o verniz. Nesse ponto, a matriz está pronta: a tinta é aplicada sobre toda a sua superfície, mas se aloja principalmente nos sulcos criados pelo mordente. O excesso de tinta da superfície é limpo e, finalmente, a chapa é prensada contra um papel úmido, transferindo a tinta dos sulcos e revelando a imagem gravada.

Cuidados no manuseio

Apesar de ser considerado mais seguro que os ácidos, o percloreto de ferro é uma substância química que exige cuidados. Fichas de segurança de produtos químicos são claras ao indicar que ele é corrosivo e pode causar irritação na pele e nos olhos. 

Por isso, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é indispensável, incluindo luvas e óculos de proteção. Além disso, a substância é conhecida por causar manchas amareladas ou amarronzadas de difícil remoção em pele, roupas e superfícies. Portanto, ao realizar gravuras em metal é importante trabalhar em uma área bem ventilada e com as superfícies protegidas. Essa é uma prática padrão em qualquer ateliê que utilize essa técnica fascinante e precisa.

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